Rádio Nação Ruralista

terça-feira, 10 de novembro de 2009

D. MANELITO FALA DAS CAUSAS E SOLUÇÕES DE CRÉDITO E ENDIVIDAMENTO



RURAL NO SEMIÀRIDO NORDESTINO
A  Agricultura, é uma atividade sazonal, intrinsecamente. No semiárido do Nordeste, essa sazonalidade é ainda mais, frequentemente atropelada por veranicos intensos, causando a frustação das lavouras temporárias usuais. A solução aponta para as plantas perenes e xerófilas, de longos períodos de maturação; complementares à Pecuária de ruminantes, igualmente calcada em pastos perenes de demorada formação, que precisam ser mantidos, na chuva e no longo período seco, anual, normal. Seriam investimentos de prazos longos, carentes de conhecimento e racionalização.

- Em qualquer sítio ou fazenda, há despesas contínuas, durante todo o ano e receitas, apenas, na colheita. O Crédito Rural converte-s, assim, em um “insumo técnico intrínseco”da produção, do mesmo quilate que a chuva, a semente qualificada e os tratos culturais da atividade,a ser tratado por quem sabe sobre a terra.

- Nos países economicamente adiantados, técnicos e governantes já não tratam mais sobre crédito rural, como incentivo de caráter financeiro essencial para produzir a comida . Isso é assunto bem resolvido, lá atrás. Já se ocupam é com o tipo e a quantidade de subsídios a serem injetados no processo produtivo, fixador do homem no campo, numa relação direta com a área a cultivar, o número de animais criados, os equipamentos a adquirir, ou uma nova tecnologia a implantar.
- Fui dizer isso para uma platéia de técnicos de uma Agência de Fomento nordestina e um seu Diretor, contestando, respondeu que nos países citados fazia-se assim, porque eles eram ricos ...Saí de lá pensando que eles enriqueceram...porque fizeram assim.
-O crédito rural no Brasil e,sobretudo no NE, e, mesmo,  historicamente uma viagem pela contramão. Não é formulado tecnicamente, de acordo com as realidades e vocações de cada latitude. É um exercício mesquinho de burocratas urbanóides, contaminado por um financismo simplório, que não serve nem ao progresso dos produtores e nem  à segurança do Banco, Não ajuda ao desenvolvimento econômico-social,de ninguém.
-A “renegociação das dívidas rurais” já se converteu numa rotina, penosa e cruel, para quem teima em produzir na terra,sobretudo no Nordeste seco. No Sudeste x Centro Sul, a cantilena é a mesma, mas conseguem,  de melhor modo, um desfecho positivo para os produtores. E lá não existem as secas daqui, um terrível agravante, não compreendido.
-Só nos resta persistir sofrendo e confiar na Providência Divina, através do filho de Deus Jesus, coterrâneo nosso pelo Cariri de Nazaré.

POR :  DR. MANOEL DANTAS VILAR FILHO.