Fazenda Carnaúba e Lacticínio Grupiara
Rádio Nação Ruralista
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
domingo, 25 de dezembro de 2011
Mensagem de Natal do Lacticínio Grupiaria
“O Natal faz a gente aproximar distâncias, cruzar fronteiras e formar
novos laços de paz e amizade. Façamos então dessa festa uma bela
contemplação de harmonia, um presépio em nossos corações risonhos, uma
estrela iluminando nossos sonhos.” Boas Festa e Feliz Ano Novo
SÃO OS VOTOS DO LACTICÍNIO GRUPIARIA
SÃO OS VOTOS DO LACTICÍNIO GRUPIARIA
domingo, 12 de junho de 2011
Dr. Manelito, o Cientista da Seca
Manelito recebendo alunos de uma escola privada de Patos que foram conhecer a Fazenda Carnauba
A União - Zé Euflávio
Manelito Vilar tem três traços típicos dos povos do Deserto - a
teimosia eterna, a fé no que faz e acredita e uma cumplicidade
incomensurável com a terra, seus bichos e suas plantas. Manelito Vilar é
um defensor de atividades mais resistentes que a seca.
O interesse de Manelito, há muito tempo, é o Sertão e os fenômenos do Semi-Árido brasileiro - como a seca, por exemplo. De tanto oferecer idéias sobre o tema, ficou conhecido por muitos pesquisadores como "O Camelô da Seca".
Engenheiro de profissão, sertanejo por obra e graça do destino, fazendeiro e criador de bichos por opção, Manelito "já fez mais pelo Semi-Árido Irregular que todas as universidades do Nordeste", segundo o escritor e jornalista Otávio Sitônio Pinto, em seu livro "Dom Sertão, Dona Seca".
Aos 70 anos, Manelito é o inventor da técnica de fenação tropical, introduziu o capim Buffel no Brasil e desenvolveu uma tecnologia original de hidrolização de bagaço de cana, com a ajuda do seu primo, Sebastião Simões Filho. A fazenda Carnaúba, em Taperoá, onde mora, trabalha e desenvolve suas experiências, é visitada por pesquisadores, estudantes, amigos, jornalistas e curiosos.
Primo de Ariano Suassuna, Manelito selecionou três raças de cabras para desenvolver o que chama de "preservação com regeneração". As três raças são Moxotó Branca e Moxotó Parda e a Craúna, ou Preta Retinta.
Essas três raças foram identificadas como descendentes das Brancas Pirenaicas e Pardas Pirenaicas e das Pretas Murcianas, melhorando os animais através do retrocruzamento com as respectivas avoengas européias. Assim, obteve as brancas, pardas e pretas sertanejas.
Chegar a essas três raças tem uma explicação. "A Moxotó Branca representa o branco europeu colonizador; a Moxotó Parda representa os índios brasileiros e a Craúna representa o negro brasileiro que aqui chegou como escravo, vindo da África", diz Manelito.
Essa estória de criar animais começou de muito longe, quando o pai de Manelito administrava a fazenda Carnaúba e criava gado zebu. Em 1971, o escritor Ariano Suassuna lançou o romance "A Pedra do Reino". Com ele, ganhou um prêmio literário.
Ariano convidou Manelito para uma sociedade. Ele topou. A partir daí, então, os dois primos percorreram a Ribeira do Pajeú, Sertão de Pernambuco, e os arredores de Patos, Sertão da Paraíba.
"Nossa sociedade não é na base de uma cabra minha e outra dele; mas aquela lista que divide o espinhaço do bode, divide também as nossas partes: uma banda é dele e outra minha", diz o escritor Ariano Suassuna, explicando como funciona a sociedade entre os dois.
Segundo Manelito, foi uma época difícil, de muita pesquisa e muito trabalho pelo interior. "Viajávamos nos finais de semana para freqüentar feiras do interior, onde os sertanejos vendem, compram e trocam animais. Fomos comprando os animais e fazendo a seleção", conta ele. O resultado é a preservação de animais adaptados ao clima, à seca e à região do Semi-Árido brasileiro.
Esses são animais de dupla função - ou seja, animais que servem ao corte e são bons produtores de leite. "É desses animais que o povo do interior do Nordeste precisa para viver na região da seca e não o cultivo da terra para plantar grãos, o que Manelito chama de "culturas lotéricas". Para ele, "arar a terra significa desmontar o solo".
É o próprio Manoel Dantas Vilar, ex-catedrático de Hidrologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que explica sua teoria: "Precisamos considerar a seca um componente intrínseco do trabalho rural e atuar racionalmente, reforçando a atividade mais resistente a ela, como é a criação de vacas, cabras e ovelhas".
As fazendas Carnaúba, Pau-Leite e Bonito são empreendimentos modelo, onde não se planta nada além de capim para os animais. No início deste ano, quando caíram as primeiras chuvas na região de Taperoá, o capim surgiu viçoso do solo.
Pouco mais de um mês depois, quando pequenos agricultores ainda plantavam milho e feijão, Manelito reuniu os seus e foi colher o capim para fazer feno, guardá-lo e alimentar o gado em períodos sem chuva.
"Chamei um dos meus filhos e mostrei os sertanejos plantando milho e feijão e disse a ele: está vendo, meu filho, enquanto nós estamos colhendo, eles ainda estão plantando". Daniel, o filho, riu orgulhoso da sabedoria do pai que tem.
Um homem contra a cultura do regadio
O professor Manelito Vilar é contra projetos de irrigação para o Nordeste e a isso chama de "cultura do regadio" - a prática de se cultivar grãos e frutas através do uso excessivo de água. E dá uma sentença: "Não se irriga onde não há água nem para beber".
Estudioso do Semi-Árido, Manelito tem a pluviometria da região registrada ano a ano, desde 1901. "Quem foi que disse que aqui é seco? Em Taperoá chove 600 milímetros por ano, igual a Paris, por exemplo. A diferença está no clima, no uso que se faz do solo", alerta.
Segundo ele, há 200 anos se discute projetos de irrigação para o Nordeste brasileiro, com gastos e estudos mirabolantes que nunca saíram do papel e quando saíram os resultados foram desastrosos.
Até agora não se chegou a nenhum resultado positivo, salvo os exemplos de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro e Barreiras, na Bahia, onde a água passa à porta de casa e as terras foram compradas a preço de banana, sem falar na exploração da mão-de-obra, principalmente nos períodos de seca, onde a força de trabalho é oferecida a preço muito barato.
Por isso, ele diz que a transposição de águas do São Francisco não dará certo, porque a interligação de bacias é uma técnica que precisa de muitos estudos para evitar a contaminação e salinização do solo.
A solução, para Manelito, está no desenvolvimento da técnica de se criar animais resistentes à seca e a introdução e cultivo de plantas adaptadas ao Semi-Árido.
O Semi-Árido brasileiro é o mais rico do mundo em leguminosas, que vem a ser a proteína da ração animal. A vargem da faveira, por exemplo, contém 24 por cento de proteína bruta, o que é raro entre os vegetais.
No início do século passado os australianos estiveram em Taperoá para buscar sementes de pequenas plantas. Para se criar uma rês precisa-se de 15 hectares de terra de mata nativa. Um hectare de capim búfalo sustenta mais de um animal.
O Semi-Árido precisa de planejamento público
Manelito se acha repetitivo e diz que está cansado de repetir suas teorias sobre o Semi-Árido brasileiro. "Há muito tempo fico dizendo as coisas e não há interesse dos poderes públicos em colocar em prática as políticas que possam tirar a região da miséria", afirma.
"Já estou falando as mesmas coisas há muito tempo. Isso é muito maçante", acredita. Segundo ele, as coisas chegaram a um ponto tal que um repórter da Rede Globo veio fazer uma matéria sobre o Semi-Árido e perguntou a Manelito, na fazenda Carnaúba, em Taperoá, quantas secas teve o Nordeste no século passado. A resposta foi monossilábica:
- Cem - respondeu Mané.
O jornalista ficou intrigado e devolveu a pergunta:
- Como cem?
Foi aí que Manelito completou a resposta:
"Em cada ano nós temos uma seca no Nordeste. O problema é quando uma seca emenda com a outra e aí acontece um verdadeiro desastre. Mas nas regiões de caatinga isso é um fenômeno comum", ensinou ao jornalista.
Segundo ele, nunca houve um planejamento público para o Semi-Árido. "Até a Escola de Agronomia do Nordeste foi instalada em Areia, uma cidade localizada em região de clima temperado. Para Manelito, a Faculdade de Agronomia deveria ter sido instalada em cidade do Sertão ou do Cariri.
"Mas aquele homem de Tambaú levou a Escola de Agronomia para sua terra com um argumento simplório: precisamos casar bem as moças da minha terra", conta ele. O "homem de Tambaú" aqui em questão é o escritor José Américo de Almeida.
Manelito não cita o nome dele, nem muito menos o de João Pessoa. Tanto que quando vai viajar para a Capital do Estado, diz: "Vou à Paraíba".
As razões para isto estão nos acontecimentos de 30, que toda a Paraíba conhece.
O interesse de Manelito, há muito tempo, é o Sertão e os fenômenos do Semi-Árido brasileiro - como a seca, por exemplo. De tanto oferecer idéias sobre o tema, ficou conhecido por muitos pesquisadores como "O Camelô da Seca".
Engenheiro de profissão, sertanejo por obra e graça do destino, fazendeiro e criador de bichos por opção, Manelito "já fez mais pelo Semi-Árido Irregular que todas as universidades do Nordeste", segundo o escritor e jornalista Otávio Sitônio Pinto, em seu livro "Dom Sertão, Dona Seca".
Aos 70 anos, Manelito é o inventor da técnica de fenação tropical, introduziu o capim Buffel no Brasil e desenvolveu uma tecnologia original de hidrolização de bagaço de cana, com a ajuda do seu primo, Sebastião Simões Filho. A fazenda Carnaúba, em Taperoá, onde mora, trabalha e desenvolve suas experiências, é visitada por pesquisadores, estudantes, amigos, jornalistas e curiosos.
Primo de Ariano Suassuna, Manelito selecionou três raças de cabras para desenvolver o que chama de "preservação com regeneração". As três raças são Moxotó Branca e Moxotó Parda e a Craúna, ou Preta Retinta.
Essas três raças foram identificadas como descendentes das Brancas Pirenaicas e Pardas Pirenaicas e das Pretas Murcianas, melhorando os animais através do retrocruzamento com as respectivas avoengas européias. Assim, obteve as brancas, pardas e pretas sertanejas.
Chegar a essas três raças tem uma explicação. "A Moxotó Branca representa o branco europeu colonizador; a Moxotó Parda representa os índios brasileiros e a Craúna representa o negro brasileiro que aqui chegou como escravo, vindo da África", diz Manelito.
Essa estória de criar animais começou de muito longe, quando o pai de Manelito administrava a fazenda Carnaúba e criava gado zebu. Em 1971, o escritor Ariano Suassuna lançou o romance "A Pedra do Reino". Com ele, ganhou um prêmio literário.
Ariano convidou Manelito para uma sociedade. Ele topou. A partir daí, então, os dois primos percorreram a Ribeira do Pajeú, Sertão de Pernambuco, e os arredores de Patos, Sertão da Paraíba.
"Nossa sociedade não é na base de uma cabra minha e outra dele; mas aquela lista que divide o espinhaço do bode, divide também as nossas partes: uma banda é dele e outra minha", diz o escritor Ariano Suassuna, explicando como funciona a sociedade entre os dois.
Segundo Manelito, foi uma época difícil, de muita pesquisa e muito trabalho pelo interior. "Viajávamos nos finais de semana para freqüentar feiras do interior, onde os sertanejos vendem, compram e trocam animais. Fomos comprando os animais e fazendo a seleção", conta ele. O resultado é a preservação de animais adaptados ao clima, à seca e à região do Semi-Árido brasileiro.
Esses são animais de dupla função - ou seja, animais que servem ao corte e são bons produtores de leite. "É desses animais que o povo do interior do Nordeste precisa para viver na região da seca e não o cultivo da terra para plantar grãos, o que Manelito chama de "culturas lotéricas". Para ele, "arar a terra significa desmontar o solo".
É o próprio Manoel Dantas Vilar, ex-catedrático de Hidrologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que explica sua teoria: "Precisamos considerar a seca um componente intrínseco do trabalho rural e atuar racionalmente, reforçando a atividade mais resistente a ela, como é a criação de vacas, cabras e ovelhas".
As fazendas Carnaúba, Pau-Leite e Bonito são empreendimentos modelo, onde não se planta nada além de capim para os animais. No início deste ano, quando caíram as primeiras chuvas na região de Taperoá, o capim surgiu viçoso do solo.
Pouco mais de um mês depois, quando pequenos agricultores ainda plantavam milho e feijão, Manelito reuniu os seus e foi colher o capim para fazer feno, guardá-lo e alimentar o gado em períodos sem chuva.
"Chamei um dos meus filhos e mostrei os sertanejos plantando milho e feijão e disse a ele: está vendo, meu filho, enquanto nós estamos colhendo, eles ainda estão plantando". Daniel, o filho, riu orgulhoso da sabedoria do pai que tem.
Um homem contra a cultura do regadio
O professor Manelito Vilar é contra projetos de irrigação para o Nordeste e a isso chama de "cultura do regadio" - a prática de se cultivar grãos e frutas através do uso excessivo de água. E dá uma sentença: "Não se irriga onde não há água nem para beber".
Estudioso do Semi-Árido, Manelito tem a pluviometria da região registrada ano a ano, desde 1901. "Quem foi que disse que aqui é seco? Em Taperoá chove 600 milímetros por ano, igual a Paris, por exemplo. A diferença está no clima, no uso que se faz do solo", alerta.
Segundo ele, há 200 anos se discute projetos de irrigação para o Nordeste brasileiro, com gastos e estudos mirabolantes que nunca saíram do papel e quando saíram os resultados foram desastrosos.
Até agora não se chegou a nenhum resultado positivo, salvo os exemplos de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro e Barreiras, na Bahia, onde a água passa à porta de casa e as terras foram compradas a preço de banana, sem falar na exploração da mão-de-obra, principalmente nos períodos de seca, onde a força de trabalho é oferecida a preço muito barato.
Por isso, ele diz que a transposição de águas do São Francisco não dará certo, porque a interligação de bacias é uma técnica que precisa de muitos estudos para evitar a contaminação e salinização do solo.
A solução, para Manelito, está no desenvolvimento da técnica de se criar animais resistentes à seca e a introdução e cultivo de plantas adaptadas ao Semi-Árido.
O Semi-Árido brasileiro é o mais rico do mundo em leguminosas, que vem a ser a proteína da ração animal. A vargem da faveira, por exemplo, contém 24 por cento de proteína bruta, o que é raro entre os vegetais.
No início do século passado os australianos estiveram em Taperoá para buscar sementes de pequenas plantas. Para se criar uma rês precisa-se de 15 hectares de terra de mata nativa. Um hectare de capim búfalo sustenta mais de um animal.
O Semi-Árido precisa de planejamento público
Manelito se acha repetitivo e diz que está cansado de repetir suas teorias sobre o Semi-Árido brasileiro. "Há muito tempo fico dizendo as coisas e não há interesse dos poderes públicos em colocar em prática as políticas que possam tirar a região da miséria", afirma.
"Já estou falando as mesmas coisas há muito tempo. Isso é muito maçante", acredita. Segundo ele, as coisas chegaram a um ponto tal que um repórter da Rede Globo veio fazer uma matéria sobre o Semi-Árido e perguntou a Manelito, na fazenda Carnaúba, em Taperoá, quantas secas teve o Nordeste no século passado. A resposta foi monossilábica:
- Cem - respondeu Mané.
O jornalista ficou intrigado e devolveu a pergunta:
- Como cem?
Foi aí que Manelito completou a resposta:
"Em cada ano nós temos uma seca no Nordeste. O problema é quando uma seca emenda com a outra e aí acontece um verdadeiro desastre. Mas nas regiões de caatinga isso é um fenômeno comum", ensinou ao jornalista.
Segundo ele, nunca houve um planejamento público para o Semi-Árido. "Até a Escola de Agronomia do Nordeste foi instalada em Areia, uma cidade localizada em região de clima temperado. Para Manelito, a Faculdade de Agronomia deveria ter sido instalada em cidade do Sertão ou do Cariri.
"Mas aquele homem de Tambaú levou a Escola de Agronomia para sua terra com um argumento simplório: precisamos casar bem as moças da minha terra", conta ele. O "homem de Tambaú" aqui em questão é o escritor José Américo de Almeida.
Manelito não cita o nome dele, nem muito menos o de João Pessoa. Tanto que quando vai viajar para a Capital do Estado, diz: "Vou à Paraíba".
As razões para isto estão nos acontecimentos de 30, que toda a Paraíba conhece.
domingo, 19 de dezembro de 2010
5ª edição da Festa de Confraternização do Grupiara
Realizou-se neste sábado (18 ), a 5ª edição da festa de Confraternização do dos produtores de leite da Fazenda Carnaúba, Grupiara, Associação Cascavél e outras Associações, sob o comando do Dr. Manuelito e seus filhos, Daniel, Joaquim, Daniela e William, na presença de Dantinha, Carolina, noras e a esposa Carla Cristina. O evento teve início ao meio dia, onde foi servido um almoço a todos os presentes, cujo cardápio constava a tradicional feijoada e o churrasco de cabrito, regado a uma variedades de bebidas, lá no Bar do Jorge, onde se concentraram diversos fornecedores de leite de bovinos e caprinos. Na programação artística estava o poeta Humberto Guedes, Gaviões da Serra, os Malas do Forró, Sílvio Vilar e outros, animando a festa e proporcionando momentos de descontração para os participantes, A festa foi coroada de êxito, com a chuva que deixou os produtores bastante otimista. O sucesso da festa já é costumeiro todos os anos. Roncou: o trovão, a chuva e o fole.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Alunos da escola Vera Cruz sobem a serra e se encantam com a Fazenda Carnaúba, em Taperoá.
Quarenta e três alunos da escola Vera Cruz, da cidade de Patos, orientados por quatro professores, participaram de uma verdadeira aula multidisciplinar na Fazenda Carnaúba, nesta manhã, (9). Dois professores de química: Salomão Marinho e Elder Pablo; o professor de História, Deusimar Dias, e o professor Emanuel, (o Bel), de Biologia, juntamente com os alunos, ouviram por mais de uma hora a palestra proferida por Dr. Manoelito Dantas Vilar, agropecuarista e especializado na criação de cabras nativas.
Manelito, como é conhecido, mantêm um espaço onde é possível encontrar
animais nativos de várias espécies, árvores centenárias, além de imóveis
construídos nos anos 1700. Os dicentes ficaram encantados com as
histórias relatadas pelo anfitrião e se deliciaram com a abordagem feita
por ele sobre o cariri paraibano. O agropecuarista foi o primeiro
dirigente do (INSA), Instituto Nacional do Semi-Árido.
Acostumados ao ambiente frio da sala de aula, os alunos tiveram um dia
diferente e puderam conhecer as raças nativas em visita aos currais que
foram construídos há décadas. A cada passo os meninos e meninas da
Escola Vera Cruz matavam a curiosidade sobre a região caririzeira, cujo
clima seco, de médias que variam entre 65ml e 2000ml, não favorece a
criação da pecuária, mas vem se destacando na ovinocaprinocultura.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
D. MANELITO FALA DAS CAUSAS E SOLUÇÕES DE CRÉDITO E ENDIVIDAMENTO
RURAL NO SEMIÀRIDO NORDESTINO
A Agricultura,
é uma atividade sazonal, intrinsecamente. No semiárido do Nordeste,
essa sazonalidade é ainda mais, frequentemente atropelada por veranicos
intensos, causando a frustação das lavouras temporárias usuais. A
solução aponta para as plantas perenes e xerófilas, de longos períodos
de maturação; complementares à Pecuária de ruminantes, igualmente
calcada em pastos perenes de demorada formação, que precisam ser
mantidos, na chuva e no longo período seco, anual, normal. Seriam
investimentos de prazos longos, carentes de conhecimento e
racionalização.
-
Em qualquer sítio ou fazenda, há despesas contínuas, durante todo o ano
e receitas, apenas, na colheita. O Crédito Rural converte-s, assim, em
um “insumo técnico intrínseco”da
produção, do mesmo quilate que a chuva, a semente qualificada e os
tratos culturais da atividade,a ser tratado por quem sabe sobre a terra.
-
Nos países economicamente adiantados, técnicos e governantes já não
tratam mais sobre crédito rural, como incentivo de caráter financeiro
essencial para produzir a comida . Isso é assunto bem resolvido, lá
atrás. Já se ocupam é com o tipo e a quantidade de subsídios a serem
injetados no processo produtivo, fixador do homem no campo, numa relação
direta com a área a cultivar, o número de animais criados, os
equipamentos a adquirir, ou uma nova tecnologia a implantar.
-
Fui dizer isso para uma platéia de técnicos de uma Agência de Fomento
nordestina e um seu Diretor, contestando, respondeu que nos países
citados fazia-se assim, porque eles eram ricos ...Saí de lá pensando que
eles enriqueceram...porque fizeram assim.
-O crédito rural no Brasil e,sobretudo no NE, e, mesmo, historicamente
uma viagem pela contramão. Não é formulado tecnicamente, de acordo com
as realidades e vocações de cada latitude. É um exercício mesquinho de
burocratas urbanóides, contaminado por um financismo simplório, que não
serve nem ao progresso dos produtores e nem à segurança do Banco, Não ajuda ao desenvolvimento econômico-social,de ninguém.
-A
“renegociação das dívidas rurais” já se converteu numa rotina, penosa e
cruel, para quem teima em produzir na terra,sobretudo no Nordeste seco.
No Sudeste x Centro Sul, a cantilena é a mesma, mas conseguem, de
melhor modo, um desfecho positivo para os produtores. E lá não existem
as secas daqui, um terrível agravante, não compreendido.
-Só
nos resta persistir sofrendo e confiar na Providência Divina, através
do filho de Deus Jesus, coterrâneo nosso pelo Cariri de Nazaré.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Grupiara, produz o melhor queijo do Brasil
Quem conhece a marca Grupiara sabe que
consome apenas produtos de primeira linha e excelente sabor. Nosso
objetivo é estar sempre atendendo as necessidades e a obter a satisfação
dos nossos clientes. Queijos Grupiara, quem conhece,confia.
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